O Concurso Público Nacional Unificado (CNU) teve uma participação significativa de pessoas negras, indígenas e com deficiência, representando um avanço nas ações afirmativas para a inclusão no serviço público. Aproximadamente um terço dos aprovados se identificam com esses perfis, com destaque para o aumento na representação de negros (24,5%), indígenas (2,29%) e pessoas com deficiência (6,79%) em relação ao total de inscritos. O CNU também marcou presença em 908 municípios, promovendo uma maior interiorização da oferta de vagas. A distribuição geográfica foi diversificada, com 26% dos aprovados oriundos da Região Nordeste e 32,9% do Sudeste, além de uma boa representação do Centro-Oeste e Sul.
Em termos de gênero, o concurso registrou uma maior participação masculina, com 63% dos aprovados sendo do sexo masculino e 37% mulheres. Apesar disso, o CNU foi considerado mais equilibrado do que outros certames, com um número maior de mulheres aprovadas, especialmente nas áreas de educação, saúde e direitos humanos. A área de tecnologia, por outro lado, teve predominância masculina, refletindo a realidade do mercado de trabalho no Brasil. A faixa etária dos aprovados variou, sendo que 46% têm entre 25 e 35 anos, com uma significativa concentração de candidatos na faixa dos 30 a 35 anos, possivelmente devido à falta de concursos públicos na última década.
No aspecto das escolhas de cargos, 76,8% dos aprovados conseguiram vagas entre suas três opções de inscrição, com quase 48% sendo aprovados para a primeira escolha. Isso sugere um alto nível de satisfação e comprometimento dos candidatos com as suas carreiras futuras no serviço público. O concurso, considerado um passo importante para democratizar o acesso a cargos públicos no Brasil, superou as expectativas ao refletir a diversidade e a inclusão da sociedade brasileira.