A suspensão do pagamento do quinquênio para servidores da Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg) tem gerado preocupação entre os trabalhadores. De acordo com o Sindicato dos Empregados nas Empresas de Asseio e Conservação (Seacons-GO), a medida afetará até 6,3 mil funcionários, com perdas salariais de até 40%. A decisão foi tomada por uma desembargadora do trabalho e tem validade de 90 dias, após a Prefeitura de Goiânia obter uma decisão judicial favorável. A Comurg justificou a medida devido a dificuldades financeiras, com uma dívida que chega a R$ 2,3 bilhões.
O quinquênio, um adicional concedido a cada cinco anos de serviço, foi acordado judicialmente em 2024 para ser pago aos trabalhadores da Comurg, após uma redução no percentual do benefício. O pagamento foi calculado com base na remuneração, gratificação de função, periculosidade e insalubridade. Contudo, a suspensão atual do benefício gerou um impasse, pois o sindicato contesta a decisão judicial e argumenta que a empresa já tinha conhecimento da obrigatoriedade do pagamento.
A situação é ainda mais grave para os empregados que dependem do quinquênio para manter sua estabilidade financeira, com muitos enfrentando dificuldades pessoais, como o cuidado de familiares doentes. O sindicato está preparando um recurso para tentar reverter a decisão na Justiça, além de buscar um diálogo mais efetivo com a nova administração da Comurg.