A Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg) realizou pagamentos significativos em acordos extrajudiciais, somando R$ 16,1 milhões somente em 2024. Esses valores foram destinados a advogados e servidores da companhia, com destaque para um pagamento de R$ 6 milhões a um escritório de advocacia. A apuração dos acordos, que incluem quase 50 processos, está sendo conduzida pelo Ministério Público de Goiás (MPGO) e pela nova diretoria da empresa. O foco está em identificar irregularidades relacionadas a compensações desproporcionais e à rapidez nos pagamentos, o que gerou investigações sobre possíveis desvios de conduta.
Em paralelo, a gestão do prefeito de Goiânia, Sandro Mabel, implementou medidas de austeridade na Comurg, incluindo uma redução de R$ 13 milhões na folha de pagamento de janeiro de 2024. Essas ações, que envolveram a demissão de cargos comissionados e a reestruturação de gratificações, têm como objetivo melhorar a eficiência da companhia. Mabel enfatizou que a redução de custos e a busca por maior transparência são essenciais para reformular a imagem da Comurg, buscando afastar qualquer percepção de ineficiência.
Além disso, o prefeito anunciou a destinação de R$ 190 milhões para o pagamento de aposentadorias, com acompanhamento do Tribunal de Contas dos Municípios e do MPGO. Essa medida está sendo cuidadosamente monitorada para garantir que todos os dados financeiros sejam corretamente discriminados e apresentados à Câmara Municipal. A intenção é que a Comurg, com suas finanças ajustadas, funcione de maneira mais eficiente, com foco na sustentabilidade financeira e na regularização de suas obrigações.