A família Moreira Salles, uma das mais ricas do Brasil, construiu sua fortuna ao longo de várias gerações, com destaque para o patriarca Walther Moreira Salles. Ele iniciou sua trajetória nos negócios bancários, fundando o Banco Moreira Salles em 1940, e ampliou seu patrimônio com decisões estratégicas, como fusões financeiras e parcerias internacionais. Sua habilidade no setor financeiro e sua proximidade com figuras poderosas, como os Rockefeller, permitiram-lhe expandir suas influências e investimentos, tornando-se um dos empresários mais influentes do país.
Com o passar dos anos, a família diversificou ainda mais seus investimentos, incluindo setores como o agronegócio, com grandes propriedades produtoras de café, laranja e cana-de-açúcar. Um dos marcos dessa trajetória foi o investimento em mineração, especificamente no nióbio, metal essencial na produção de aço e baterias. A Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração (CBMM), controlada pela família, é hoje um dos maiores produtores de nióbio do mundo, com enorme impacto na indústria global. Além disso, o grupo também adquiriu o controle da Alpargatas, conhecida por suas sandálias Havaianas, ampliando sua presença no mercado de consumo.
Apesar de sua grande trajetória empresarial, a família enfrentou desafios, como a queda de relevância do Unibanco no mercado, o que levou à fusão com o Itaú Unibanco nos anos 2000. Hoje, as principais fontes de riqueza da família incluem sua participação no Itaú Unibanco e a CBMM, além de outros ativos no Brasil e no exterior, como a Cambuhy Agrícola. Com um portfólio diversificado e investimentos em inovação, como o desenvolvimento de baterias de nióbio, a família Moreira Salles continua a ser uma das figuras centrais no cenário econômico brasileiro.