O Comitê Judiciário da Câmara dos Estados Unidos aprovou um projeto que torna inadmissíveis e deportáveis do país as autoridades estrangeiras que violem os direitos da Primeira Emenda, relacionada à liberdade de expressão. A proposta foi motivada pela decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, que, em abril de 2024, ordenou a remoção de mais de 150 contas de redes sociais, incluindo de cidadãos e jornalistas norte-americanos. Para o Comitê, essa ação configura censura, uma vez que envolve a suspensão de perfis em uma plataforma de comunicação sem um devido processo legal.
No debate sobre o impacto dessa medida, Caio Coppolla afirmou que, apesar de ser um posicionamento político, o projeto dos EUA não pode ser classificado como inconstitucional ou antidemocrático. O comentarista sugeriu que a relação com o Brasil poderia ser prejudicada caso o governo brasileiro, liderado por Luiz Inácio Lula da Silva, apoiasse a ação do STF e desrespeitasse a soberania dos Estados Unidos, o que poderia resultar em punições para as autoridades brasileiras.
Por outro lado, Vitor Marques defendeu a postura de Moraes, argumentando que o ministro apenas cumpria seu papel de garantir a democracia no Brasil ao conduzir investigações, e que o Brasil e os Estados Unidos compartilham uma longa e sólida relação diplomática. Marques ressaltou que, caso os EUA adotem uma postura mais extremista, isso poderia prejudicar a histórica relação comercial e diplomática entre os dois países, algo que afetaria negativamente ambos os lados.