A Comissão sobre Mortos e Desaparecidos Políticos (CEMDP) anunciou que iniciará diálogos com os familiares das vítimas do acidente que vitimou o ex-presidente Juscelino Kubitschek, em 1976, para avaliar a possível reabertura das investigações. A decisão foi tomada durante a 3ª Reunião Ordinária da comissão, realizada em 14 de fevereiro de 2025. Antes de dar continuidade à investigação, a comissão buscará ouvir os parentes do ex-presidente e de seu motorista, Geraldo Ribeiro, que também faleceu no acidente.
A comissão ressaltou a importância de consultar as famílias diretamente afetadas antes de qualquer avanço, a fim de garantir a participação delas no processo. Em sua análise, o colegiado entendeu que não há prazo decadencial para investigar fatos de relevância histórica, o que pode abrir espaço para uma reavaliação do caso. Para dar maior respaldo jurídico ao processo, a comissão designou dois relatores para a investigação, incluindo a inclusão de Geraldo Ribeiro como vítima no caso.
O pedido de reabertura da investigação foi feito por representantes da sociedade civil, como o ex-vereador Gilberto Natalini e o jornalista Ivo Patarra. O acidente que matou Juscelino Kubitschek ocorreu em 22 de agosto de 1976, na Rodovia Presidente Dutra, e suas causas continuam sendo alvo de controvérsias. Embora um inquérito civil de 2021 tenha descartado a hipótese de colisão com um ônibus, ainda é incerto se o acidente foi resultado de um atentado político, como sugerem algumas investigações.