O governo federal e a Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos (CEMDP) discutem a possibilidade de reabrir a investigação sobre a morte do ex-presidente, após novos questionamentos sobre as causas do acidente que vitimou Juscelino Kubitschek. Uma reunião está agendada para sexta-feira, 14, em Recife (PE), com o objetivo de decidir sobre a reanálise do caso. Em 2021, o Ministério Público Federal (MPF) concluiu que não era possível afirmar com certeza as circunstâncias do acidente, incluindo a possibilidade de sabotagem do veículo, e ressaltou a falta de evidências materiais.
O acidente ocorreu quando o carro, onde estava Kubitschek, perdeu o controle e colidiu com um caminhão na rodovia Dutra, matando o ex-presidente e o motorista. Investigações sobre o ocorrido, que incluem laudos técnicos, não conseguiram esclarecer de forma conclusiva a causa da perda de controle do veículo, alimentando especulações sobre atentados políticos ou falhas mecânicas. O perito Sergio Ejzenberg, que trabalhou voluntariamente no caso, reforçou a possibilidade de sabotagem, o que gerou novas discussões sobre o caso.
O movimento para reabertura da investigação ganhou força com o apoio de membros da Comissão e de defensores da memória histórica, como o ex-vereador Gilberto Natalini. Apesar do impulso para reavaliar o caso, a reabertura oficial envolve um processo longo e burocrático, conforme informado pelo Ministério dos Direitos Humanos. A decisão dependerá do desenrolar da reunião e das discussões dentro da Comissão.