A comercialização ilegal do medicamento Mounjaro no Brasil tem se intensificado, com influenciadoras digitais oferecendo o produto sem a devida autorização sanitária. Mounjaro, aprovado pela Anvisa como tratamento para o diabetes tipo 2, está sendo usado de maneira clandestina como método de emagrecimento, com preços que variam entre R$ 1.000 e R$ 6.900. O medicamento é vendido através de redes sociais, onde algumas influenciadoras divulgam suas supostas experiências de emagrecimento e oferecem promoções. Esse comércio é proibido, pois a importação só é permitida para pessoas físicas com receita médica.
Apesar de ser proibida a venda de medicamentos fora de farmácias, muitas pessoas buscam esse produto no mercado paralelo, ignorando os riscos à saúde. A Anvisa alerta para os perigos de comprar Mounjaro de procedência duvidosa, incluindo efeitos colaterais graves como náusea, refluxo e até pancreatite. Além disso, a falta de controle na compra pode levar a complicações, como o efeito rebote, que ocorre quando o emagrecimento não é acompanhado de uma mudança de estilo de vida.
A Receita Federal também tem intensificado a fiscalização sobre a entrada ilegal do medicamento no país, realizando apreensões em aeroportos, como no caso de 176 canetas de Mounjaro escondidas em materiais de pesca, em janeiro. A venda ilegal desse medicamento pode resultar em severas sanções, incluindo penas de perdimento, além de expor os consumidores a produtos falsificados ou fora de condições adequadas de armazenamento. A Anvisa mantém a recomendação de que medicamentos sejam adquiridos apenas em farmácias autorizadas.