O assessor de comércio do ex-presidente dos Estados Unidos, Peter Navarro, fez críticas aos produtores de aço do Brasil, acusando-os de se beneficiar da desvalorização do real e de subsídios direcionados para exportações, o que prejudicaria a competitividade das indústrias americanas. Em 2023, o Brasil teria utilizado a cota de aço semiacabado para exportar quase 4 milhões de toneladas métricas aos Estados Unidos, correspondendo a 14% das importações de aço no país. Além disso, Navarro afirmou que as usinas norte-americanas estavam processando chapas de aço brasileiras, o que teria impacto negativo na indústria local.
Navarro também defendeu a implementação de tarifas sobre aço e alumínio importados, medida já anunciada durante a administração de Donald Trump. Ele criticou a gestão do ex-presidente Joe Biden, alegando que as isenções criadas por sua administração enfraqueceram os benefícios das tarifas originais. Para Navarro, é essencial que as novas medidas tarifárias sejam mais abrangentes, garantindo que todas as importações sejam tributadas de forma justa e permitindo que as indústrias americanas possam competir em condições mais equilibradas.
Por outro lado, o Brasil tem buscado formas de reagir às tarifas impostas pelos Estados Unidos. O governo brasileiro não se mostrou disposto a entrar em uma guerra comercial, conforme declarado por membros da administração, e continua avaliando as respostas possíveis às novas medidas tarifárias de 25% sobre o aço e alumínio. O cenário indica que as negociações e disputas comerciais envolvendo os dois países podem se intensificar nos próximos meses, afetando diretamente o comércio de aço e outros produtos.