As vendas no comércio brasileiro cresceram 4,7% em 2024, marcando o oitavo ano consecutivo de expansão. Este é o maior aumento registrado desde 2012, quando as vendas cresceram 8,4%. O crescimento foi impulsionado pela expansão da massa salarial, aumento no número de pessoas empregadas e estabilidade no crédito. No entanto, fatores como a inflação, que fechou o ano em 4,83%, e a alta de 27% no dólar foram obstáculos que impediram uma aceleração maior das vendas.
O desempenho do comércio foi positivo em diversas áreas, com destaque para os artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria, que cresceram 14,2%. O setor de veículos, motos, peças e material de construção também apresentou aumento significativo de vendas. Entretanto, alguns segmentos apresentaram quedas, como o de combustíveis e lubrificantes, atacado especializado em alimentos e bebidas, e o de livros, jornais e revistas, que segue em declínio devido à digitalização.
A pesquisa do IBGE, realizada com 6.770 empresas do setor, revelou que a taxa de desemprego em 2024 foi a menor da série histórica, alcançando 6,6%. Apesar disso, o comércio enfrentou desafios, principalmente por conta do aumento nos preços de produtos de informática e comunicação, impactados pela inflação e pela valorização do dólar. Com isso, o setor manteve um cenário de estabilidade nos últimos meses de 2024, especialmente no último trimestre do ano.