Em “Don’t Make Me Laugh”, romance de estreia de Julia Raeside, a protagonista Ali Lauder, aos 40 anos, enfrenta uma série de desafios pessoais e profissionais. Ela acaba de ter uma briga humilhante com a esposa de um colega com quem se envolvia e vê suas esperanças de crescer na carreira como produtora frustradas ao ser rejeitada pelo comediante Paul Bonatti, que seria o apresentador de um novo programa de rádio. Além disso, Ali descobre que Bonatti, indicado por seu chefe, possui um histórico problemático em relação ao trato com mulheres no ambiente de trabalho.
A trama mistura humor e momentos de introspecção, enquanto a autora expõe o cenário da comédia em Londres e suas dinâmicas de poder, abordando questões delicadas como o assédio e as relações de intimidade no ambiente profissional. Raeside faz uso de um estilo irreverente para ilustrar a jornada de Ali, uma mulher imperfeita que, mesmo diante das adversidades, busca vingança e justiça de uma forma única e cheia de nuances.
O livro vai além de um simples enredo de vingança, mergulhando em áreas cinzentas onde questões de moralidade e ética são colocadas à prova. A história de Ali não apenas critica comportamentos nocivos, mas também desafia a visão de heróis e vilões, questionando os papéis que as pessoas desempenham na sociedade e no ambiente de trabalho, especialmente quando lidam com o poder e as relações pessoais.