A Confederação Nacional da Indústria (CNI) manifestou preocupação com as tarifas de 25% sobre o aço e o alumínio impostas pelo governo dos Estados Unidos. A medida, que afeta diretamente a indústria brasileira, pode impactar negativamente a competitividade do Brasil, que é um dos principais fornecedores desses produtos ao mercado norte-americano. A CNI enfatizou que as exportações industriais são essenciais para o crescimento econômico do país e lamentou a decisão de Trump, considerando-a prejudicial tanto para a indústria brasileira quanto para a americana.
A CNI destacou que o Brasil não representa uma ameaça comercial para os Estados Unidos, citando a balança comercial superavitária dos americanos desde 2008. A entidade também afirmou que as exportações brasileiras, especialmente de aço, são complementares e não concorrentes à cadeia produtiva dos EUA. Como consequência direta da tarifa, a indústria americana poderá enfrentar aumento de custos, já que a substituição das importações por produção local não será viável no curto prazo.
Além disso, a CNI se alinhou à posição da Associação Brasileira do Alumínio (Abal), alertando sobre os efeitos indiretos das barreiras comerciais, como o risco de produtos de outros países serem redirecionados a preços desleais para o mercado brasileiro. A CNI defendeu que o diálogo é a melhor alternativa às medidas de retaliação, que poderiam afetar outros setores produtivos brasileiros que dependem de insumos norte-americanos. A entidade afirmou que trabalhará junto ao governo brasileiro para buscar soluções e reverter a decisão de Trump.