A Confederação Nacional da Indústria (CNI) expressou preocupação com as tarifas impostas pelo governo de Donald Trump sobre o aço e alumínio, destacando que as exportações industriais são fundamentais para o crescimento e competitividade do Brasil. A medida, que impacta diretamente a indústria brasileira, é vista como prejudicial tanto para o Brasil quanto para os Estados Unidos, já que o Brasil é um dos principais fornecedores desses produtos ao mercado americano. A CNI lamenta a decisão e reafirma seu compromisso em trabalhar com o governo brasileiro para buscar alternativas e reverter as tarifas.
A CNI ressalta que o Brasil não representa uma ameaça comercial para os Estados Unidos, com uma balança comercial superavitária a favor dos americanos desde 2008. Além disso, a entidade destaca que as exportações brasileiras, especialmente no setor de aço, são complementares à produção americana, o que torna difícil para os EUA substituírem as importações brasileiras com produção local no curto prazo. Para a CNI, essa situação causará aumento de custos para a indústria norte-americana.
A confederação também se mostrou preocupada com os efeitos indiretos das tarifas, especialmente para a indústria de alumínio, já que produtos de outros países que perderem acesso ao mercado americano podem ser vendidos a preços desleais em novos destinos, como o Brasil. Por fim, a CNI defende que o caminho do diálogo é mais eficaz do que medidas de retaliação, que poderiam prejudicar outros setores da economia brasileira, que dependem de insumos dos EUA para sua produção.