No Brasil, a clonagem de bovinos com genética valorizada tem se tornado um investimento crescente, especialmente para animais de alto valor. A vaca Viatina, avaliada em R$ 21 milhões, foi recentemente clonada com sucesso após dois anos de tentativas. O processo, que pode custar até R$ 100 mil, ainda apresenta uma taxa de sucesso baixa, de cerca de 4%, mas pode resultar em lucro significativo para os proprietários. A clonagem permite a comercialização de mais material genético e pode ajudar na preservação de características superiores dos animais, o que justifica os altos custos envolvidos.
A técnica de clonagem, utilizada no Brasil desde 2010, se destaca pela sua aplicabilidade em bovinos, embora seja possível clonar outros tipos de animais. Apesar dos riscos envolvidos, como complicações durante o parto, a clonagem permite que vacas valiosas gerem mais descendentes. No caso de Viatina, por exemplo, a clonagem tem o objetivo de multiplicar o número de seus filhos, o que potencializa a geração de lucro através de vendas de material genético e bezerros. A técnica também pode ser usada para “recuperar” animais valiosos que morreram precocemente, o que garante a continuidade de sua linhagem genética.
A clonagem de animais no Brasil foi regulamentada no ano passado, estabelecendo normas específicas para controle e fiscalização da produção, manipulação e comercialização de clones. A Lei 15.021 criou um sistema de controle rigoroso para garantir a segurança genética e sanitária dos animais clonados. Essa regulamentação busca assegurar que a prática seja realizada de forma ética e segura, especialmente no setor agropecuário e de melhoramento genético.