No Brasil, a clonagem de bovinos com genética valorizada tem se tornado uma prática comum, especialmente para animais de grande valor econômico. Um exemplo recente foi o nascimento do primeiro clone bem-sucedido da vaca Viatina, avaliada em R$ 21 milhões, que foi clonada após dois anos de tentativas. Apesar da alta taxa de custo do processo, que pode chegar a R$ 100 mil, a clonagem oferece aos proprietários a possibilidade de expandir sua linha de reprodução, com um retorno financeiro significativo, como aconteceu com uma de suas bezeras, leiloada por R$ 3 milhões.
A técnica de clonagem, regulamentada no Brasil desde 2024, é considerada de baixo rendimento, com uma taxa de sucesso de apenas 4%. Isso significa que a clonagem exige cuidado extra, já que o procedimento pode resultar em bezerros mais frágeis nos primeiros meses de vida. No entanto, os animais que sobrevivem têm a mesma expectativa de vida de qualquer bovino comum. O processo é realizado principalmente por cesariana, pois o feto frequentemente não envia o sinal de que está pronto para o nascimento de forma natural.
Além de ser usada para expandir o rebanho e aumentar o lucro, a clonagem também pode servir para “recuperar” animais de genética rara que morrem precocemente, permitindo que suas características sejam preservadas. A clonagem, no entanto, só é permitida quando a morte do animal ocorre de maneira acidental ou quando ele não consegue mais procriar. A prática é regulamentada por uma lei recente, que exige controle e fiscalização rigorosos para garantir a segurança genética e sanitária dos clones.