O cinema brasileiro tem uma longa história de tentativas de conquistar a estatueta do Oscar, com 22 indicações ao longo de 97 edições do evento. A primeira nomeação ocorreu em 1945, quando o compositor Ary Barroso foi indicado por Melhor Canção Original no filme “Brazil”. Desde então, o Brasil teve outras oportunidades, como as indicações de “Cidade de Deus” em 2004 e “Central do Brasil” em 1999, além das indicações de Carlos Saldanha por seus filmes “O Touro Ferdinando” e “A Aventura Perdida de Scrat”. Porém, ainda falta a conquista definitiva, que pode ocorrer com o filme “Ainda Estou Aqui”, que concorre em três categorias na edição de 2025.
Embora o país tenha sido representado em diversas co-produções internacionais, como “Diários de Motocicleta” e “O Beijo da Mulher Aranha”, a produção brasileira mais notável a vencer um Oscar foi “Orfeu do Carnaval” em 1960. Apesar de a produção ser principalmente brasileira, a estatueta de Melhor Filme Estrangeiro foi entregue à França devido ao envolvimento de um produtor francês. A situação foi destacada por especialistas como Humberto Neiva, que ressaltaram a importância de reconhecer a contribuição brasileira na produção do filme, especialmente devido à participação dos atores e da equipe técnica local.
Carlos Saldanha, cineasta brasileiro, destaca que a importância do Oscar vai além da busca pela estatueta. Para ele, o reconhecimento internacional serve como um impulso para a indústria cinematográfica nacional, atraindo maior atenção tanto do público internacional quanto do próprio Brasil. O reconhecimento da academia americana, conforme apontado por Saldanha, é fundamental para o crescimento do cinema nacional, permitindo que produções brasileiras alcancem novos patamares e inspirem o público local a apoiar a produção cinematográfica nacional.