Pesquisadores do Instituto de Tecnologia da Califórnia (Caltech) desenvolveram uma água-viva biônica equipada com um dispositivo microeletrônico para estudar as profundezas do oceano. O implante permite que o animal nade 4,5 metros mais rápido que uma água-viva normal, além de coletar dados sobre temperatura, salinidade e níveis de oxigênio. A iniciativa visa ampliar o entendimento sobre os oceanos e a biologia marinha, além de destacar as potencialidades da biotecnologia nesse campo.
Recentemente, cientistas brasileiros e japoneses identificaram uma nova espécie de água-viva no Oceano Pacífico. A espécie, encontrada em uma caldeira vulcânica nas Ilhas Ogasawara, tem um formato característico que lembra a cruz de São Jorge, o que lhe deu o nome de “medusa da cruz de São Jorge”. A água-viva é transparente, mas com um estômago avermelhado, e representa mais um exemplo da diversidade dessas criaturas marinhas. No Brasil, o aumento das ocorrências de águas-vivas no litoral, especialmente no Rio Grande do Sul, tem gerado preocupações, com mais de 12.600 casos de lesões por picadas registradas.
As águas-vivas são compostas por 95% de água e possuem tentáculos capazes de injetar veneno em suas vítimas. Esse veneno causa uma sensação de queimadura e é resultado de uma intoxicação química. Embora o aumento das temperaturas devido ao aquecimento global esteja favorecendo sua proliferação, especialmente no Sul do Brasil, é importante destacar os cuidados necessários para evitar acidentes, como o uso de vinagre e a vigilância dos guarda-vidas nas praias. Além disso, as águas-vivas podem ter até 40 tentáculos e, em alguns casos, até brilham no escuro, graças a órgãos bioluminescentes.