A região de Campinas tem enfrentado um aumento significativo no número de casos de dengue, com mais de 8 mil registros em janeiro de 2025. Algumas cidades precisaram declarar estado de emergência devido à propagação da doença. No entanto, além das medidas tradicionais de controle, como eliminação de focos do mosquito Aedes aegypti, novas tecnologias e inovações científicas estão sendo aplicadas para combater o mosquito transmissor da doença.
Uma das inovações é o uso de torres de metal que emitem gás carbônico e substâncias que imitam as secreções humanas, criando uma armadilha para os mosquitos. Embora não matam diretamente, as armadilhas fazem com que os mosquitos morram ressecados após 48 horas. Essa tecnologia, desenvolvida inicialmente na Ucrânia e nos Estados Unidos, já está sendo utilizada em algumas áreas da região, como hospitais e escolas. O gerente de uma empresa que adota esse sistema acredita que a tecnologia pode ser útil em espaços públicos também.
Além das armadilhas, um spray repelente à base de citronela está sendo distribuído em Jaguariúna. Este repelente é preparado por professores e estudantes de farmácia, com apoio da administração municipal, e visa afastar os mosquitos dos ambientes. O produto é utilizado longe da pele, em áreas como janelas e portas, criando uma barreira que impede a aproximação dos mosquitos. Esses novos métodos complementam as ações de combate à dengue, mas devem ser vistos como medidas auxiliares, com foco principal na eliminação dos criadouros do mosquito.