O prêmio inaugural Rose International foi concedido ao coreógrafo grego Christos Papadopoulos, que conquistou a vitória com sua peça “Larsen C”. O prêmio bienal, com um valor de £40.000 para o vencedor, foi estabelecido para destacar a dança contemporânea e elevar o perfil da arte. A peça de Papadopoulos, caracterizada por movimentos lentos e repetitivos, foi inspirada pelo impacto que pequenas mudanças podem ter na percepção de uma obra. A produção, que faz referência à plataforma de gelo Larsen C, no Ártico, teve uma recepção mista, gerando controvérsia devido ao ritmo pausado que pode ser difícil de suportar para alguns espectadores.
O espetáculo, embora desafiante, é notável pela sua habilidade em criar ilusões visuais no palco, com movimentos sutis que evocam mistérios semelhantes aos encontrados nas profundezas do oceano. A coreografia, que explora corpos em sombras e formas que desaparecem, remete ao estilo de seu compatriota Dimitris Papaioannou, com dançarinos cujos corpos ganham contornos enigmáticos, desafiando a percepção do público. Esse uso de ilusão e abstração se conecta com o conceito de transformação e percepção, algo que Papadopoulos quis explorar ao criar a peça.
O prêmio também incluiu o “Bloom Prize”, destinado a um coreógrafo em início de carreira, que foi concedido a Stav Struz Boutrous. Embora Papadopoulos seja mais conhecido na cena grega de dança, sua obra vem ganhando atenção internacional e o prêmio representa um marco significativo para sua carreira. O Rose International, que busca se estabelecer como uma premiação de grande prestígio, promete se tornar um dos maiores reconhecimentos do cenário artístico, com o objetivo de competir com prêmios renomados como o Booker e o Turner.