No último domingo, a China anunciou a imposição de tarifas de 10% e 15% sobre importações provenientes dos Estados Unidos, como uma resposta às taxas aplicadas pelo governo americano. As novas tarifas afetam produtos como carvão, gás natural liquefeito (GNL), petróleo bruto, equipamentos agrícolas e automóveis, totalizando cerca de US$ 14 bilhões. Essa medida segue as ações de Washington, que na semana anterior implementou tarifas de 10% sobre todas as importações chinesas, em uma tentativa de combater o tráfico de drogas ilícitas.
Além das tarifas, a China iniciou uma investigação antitruste contra empresas norte-americanas como a Alphabet Inc. (dona do Google), e incluiu novas empresas americanas em sua lista de entidades não confiáveis. Essa escalada no confronto comercial ocorre após a suspensão, por parte de Trump, de tarifas sobre o México e o Canadá, que haviam sido inicialmente previstas para o início de fevereiro. No entanto, as tensões com a China seguem intensas, com o governo chinês se preparando para contestar as tarifas na Organização Mundial do Comércio.
A guerra comercial, iniciada por Trump em 2018, tem gerado incertezas no mercado e dificultado negociações entre os dois países. Mesmo com possibilidades de acordos pontuais, analistas acreditam que as tarifas podem continuar sendo utilizadas como uma ferramenta econômica, gerando volatilidade no mercado global. A situação permanece em aberto, com as autoridades dos EUA buscando pressões sobre a China para reduzir o tráfico de substâncias ilícitas, enquanto Pequim se prepara para possíveis novas contramedidas.