A China anunciou nesta terça-feira (4) a imposição de novas tarifas sobre produtos dos Estados Unidos, em resposta às tarifas de 10% determinadas pelo governo norte-americano sobre as importações chinesas. As novas taxações entram em vigor a partir de 10 de fevereiro e incluem um aumento de 15% sobre carvão e gás natural liquefeito (GNL), além de 10% para petróleo bruto, equipamentos agrícolas e alguns tipos de automóveis. Essa medida ocorre em um contexto de intensificação da guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo.
O aumento das tarifas ocorre após uma série de tensões, com o governo dos EUA alegando que a China não tem feito o suficiente para interromper o fluxo de substâncias ilícitas, como o fentanil, para o país. Em contrapartida, a China considerou o fentanil como um problema dos Estados Unidos e anunciou sua intenção de contestar as tarifas na Organização Mundial do Comércio, além de adotar outras contramedidas. A decisão ocorre em um momento em que as negociações entre os dois países ainda enfrentam dificuldades, com a possibilidade de novas tarifas sendo alta, de acordo com analistas.
No âmbito político, a guerra comercial iniciou em 2018, com o presidente dos EUA impondo tarifas para reduzir o superávit comercial da China. Apesar da suspensão temporária de tarifas sobre o México e o Canadá, não houve alívio para as relações com a China, com um porta-voz da Casa Branca afirmando que o presidente dos EUA não se reuniria com o líder chinês nesta semana. As perspectivas econômicas continuam incertas, com economistas apontando que, mesmo com possíveis acordos pontuais, as tarifas devem continuar sendo usadas como uma ferramenta de pressão no cenário econômico global.