O governo chinês está desenvolvendo uma proposta inicial com o objetivo de impedir que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, aumente as tarifas sobre os produtos chineses e imponha mais restrições no setor de tecnologia. O foco das negociações seria a retomada do acordo comercial assinado entre os dois países em 2020, durante o primeiro mandato de Trump, que acabou fracassando. As autoridades chinesas interpretaram a tarifa de 10% imposta por Trump no início de fevereiro como uma pressão, embora não considerem o valor ainda intolerável.
Como resposta preliminar, o Ministério do Comércio da China anunciou que recorrerá à Organização Mundial do Comércio (OMC) contra os EUA, ao mesmo tempo que defende um diálogo direto e construtivo entre as partes. Além disso, Pequim está preparando propostas para aumentar as aquisições de produtos americanos, com o objetivo de dar continuidade ao compromisso de compras firmado em 2020, que não foi cumprido devido ao insucesso do acordo anterior.
Entre outras iniciativas, a China planeja oferecer investimentos nos Estados Unidos, especialmente em setores como o de baterias para carros elétricos. Também se comprometeria a evitar a desvalorização do yuan e reduzir as exportações de produtos relacionados à produção de fentanil. Outra questão a ser tratada como um ponto de negociação seria o TikTok, com a possibilidade de uma participação da empresa ser adquirida por investidores americanos. Essas propostas fazem parte de um esforço para revitalizar as relações comerciais entre os dois países.