A China decidiu manter inalteradas as suas taxas referenciais de empréstimos nesta quinta-feira (20), priorizando a estabilidade financeira e monetária, ao adotar uma postura mais cautelosa com relação ao estímulo econômico. As taxas de empréstimo, a LPR de um ano e de cinco anos, foram mantidas em 3,10% e 3,60%, respectivamente. A medida vem em um momento de fragilidade econômica, com o iuan em declínio e margens de juros mais baixas nos bancos comerciais, limitando o espaço para afrouxamento monetário.
A decisão ocorre em um cenário de incertezas econômicas exacerbadas por tensões comerciais entre a China e os Estados Unidos, especialmente com o novo governo de Donald Trump. O enfraquecimento da moeda chinesa e o impacto da guerra comercial aumentam a pressão sobre a política monetária, com Pequim sinalizando que ajustará suas estratégias quando necessário para sustentar a economia. Em janeiro, os bancos chineses concederam um volume significativo de novos empréstimos, embora o ritmo de crescimento em relação ao ano anterior tenha atingido um nível recorde de desaceleração.
Apesar da quantidade expressiva de novos empréstimos, a demanda por crédito continua fraca, refletindo as dificuldades econômicas e as incertezas políticas globais. O banco central chinês manifestou sua intenção de ajustar a política monetária no momento apropriado, enfatizando a necessidade de cautela e equilíbrio diante do cenário interno e das tensões externas.