A China anunciou, no domingo (9), novas tarifas de 10% e 15% sobre importações dos Estados Unidos, como parte de sua resposta às taxas aplicadas pelo governo norte-americano. As tarifas incidem sobre produtos como carvão, gás natural liquefeito (GNL), petróleo bruto, equipamentos agrícolas e automóveis, podendo afetar cerca de US$ 14 bilhões em mercadorias. Essas medidas fazem parte de uma série de retaliações iniciadas após os EUA aplicarem tarifas de 10% sobre todas as importações chinesas em resposta a questões relacionadas ao combate ao tráfico de drogas.
A disputa comercial entre os dois países remonta a 2018, quando o governo dos EUA iniciou uma guerra tarifária contra a China devido ao superávit comercial chinês. Embora o presidente norte-americano tenha adotado táticas de intimidação também contra aliados, as negociações com a China seguem sendo desafiadoras. A perspectiva de novos aumentos nas tarifas continua alta, especialmente em relação a questões como o combate ao fentanil, uma substância narcótica que a China é acusada de permitir o envio para os Estados Unidos.
Enquanto isso, as tensões comerciais afetaram a economia global, com o impacto da guerra tarifária desestruturando cadeias de suprimento e reduzindo as previsões de crescimento econômico da China. A probabilidade de novas tarifas persiste, mas um possível acordo entre as duas potências parece incerto, o que pode gerar volatilidade nos mercados durante o ano. A China, por sua vez, indicou que buscará medidas legais contra as tarifas na Organização Mundial do Comércio (OMC) e está aberta a futuras negociações.