O texto explora a ascensão da China como uma potência global e seu impacto sobre o equilíbrio geopolítico mundial. A partir da abertura econômica iniciada por Deng Xiaoping, a China transformou-se na maior potência industrial do mundo, atraindo investimentos e desindustrializando o Ocidente. A dependência dos países ocidentais, como os Estados Unidos, da produção chinesa, gerou um cenário de interdependência econômica, mas também de crescente rivalidade, especialmente com a ascensão de Xi Jinping e a expansão de sua influência através dos BRICS.
A disputa entre as duas potências se intensificou durante o governo de Donald Trump, que implementou tarifas comerciais contra a China, buscando frear seu crescimento. Embora Trump tenha obtido certo sucesso com suas medidas, a continuidade da política durante o governo de Joe Biden, com tarifas moderadas, permitiu à China se preparar para novos desafios. Recentemente, o governo chinês anunciou uma resposta com a implementação de tarifas sobre produtos dos Estados Unidos, como carvão, gás natural e veículos, refletindo uma mudança no equilíbrio de forças.
A resposta chinesa à medida dos Estados Unidos revela a crescente autonomia econômica de Pequim, que diversificou suas fontes de importação, reduzindo sua dependência do mercado norte-americano. Apesar das tensões, é provável que negociações sejam realizadas entre as duas maiores economias do mundo, com a possibilidade de um consenso que reafirme o papel da China na redefinição da ordem econômica global. O texto conclui destacando o fato de que, nos tempos atuais, muitas das decisões globais precisam contar com a participação ativa de Pequim.