O governo de Donald Trump tem gerado tensões tanto com aliados tradicionais quanto com rivais, como a China, ao impor tarifas comerciais que afetam diferentes economias globais. Embora o Canadá e o México tenham respondido prontamente com tarifas semelhantes às dos EUA, a China tem adotado uma postura mais cautelosa, anunciando medidas como tarifas sobre produtos americanos e investigações antimonopólio. Embora a China ainda dependa de mercados globais, a diversificação das suas parcerias comerciais e a redução da dependência econômica dos EUA têm permitido ao país se manter firme diante da situação.
Em um contexto de crescente rivalidade entre as duas maiores economias do mundo, a China pode ver uma oportunidade para reforçar sua posição como líder global alternativo. Enquanto Trump promove uma política de “América em primeiro lugar”, o presidente chinês Xi Jinping tem se esforçado para aprofundar laços comerciais e diplomáticos com países ao redor do mundo, especialmente em áreas como África e América Latina. A postura mais tranquila da China, em contraste com as ações agressivas dos EUA, pode permitir-lhe conquistar apoio em regiões onde os Estados Unidos estão se afastando.
No entanto, a relação entre as duas potências ainda é marcada pela incerteza, com ambos os países navegando em um cenário de imprevisibilidade. A postura de Trump, com sua ênfase em tarifas e no enfraquecimento da liderança global dos EUA, tem dado margem para a China tentar preencher o vazio deixado por Washington, especialmente em organizações internacionais e no auxílio a países em desenvolvimento. No entanto, a China também se mostra cautelosa, sabendo que, apesar de sua ascensão econômica, ela enfrenta desafios na manutenção de um equilíbrio nas suas relações globais, sem alienar os parceiros asiáticos ou outros aliados estratégicos.