A tecnologia maglev, que utiliza levitação magnética, tem mais de 100 anos de história, com diversas tentativas comerciais ao longo do tempo, principalmente na Europa e na Ásia. A mais duradoura delas, a linha que liga o centro de Xangai ao aeroporto de Pudong, completou 20 anos em 2024, mas a ampliação até Hangzhou ainda enfrenta obstáculos, principalmente pela concorrência com os trens-bala. Pesquisas recentes têm se concentrado no desenvolvimento de trens de ultra-alta velocidade, também conhecidos como “trem voador”, que incluem tecnologias como a supercondutividade a alta temperatura e tubos de quase vácuo, possibilitando maiores velocidades.
Em testes realizados no final de 2023, a Casic (Corporação de Ciência e Indústria Aeroespacial da China) superou os 623 km/h e afirma que o projeto pode atingir 1.000 km/h, com a possibilidade de chegar até 4.000 km/h no futuro. Embora o impacto potencial sobre a aviação comercial seja debatido, especialistas indicam que o trem seria uma solução para a redução de emissões de carbono, além de oferecer alternativas de transporte mais rápidas, como entre grandes cidades na China. O modelo ainda está em fase inicial, e os prazos para sua comercialização podem ser adiados, com algumas previsões apontando para 2035 ou até 2037.
Apesar das incertezas quanto à implementação prática, o governo chinês segue investindo no aprimoramento de tecnologias disruptivas no setor ferroviário. A combinação de alta velocidade e infraestrutura avançada pode transformar o transporte de passageiros, mas desafios como custos, segurança e a complexidade da engenharia ainda são obstáculos consideráveis. A evolução do trem-bala, com novas versões atingindo 400 km/h, permanece como o principal avanço em transporte ferroviário de alta velocidade no país, embora o “trem voador” continue sendo um objetivo ambicioso e distante.