Pequim anunciou novas tarifas de importação sobre produtos dos Estados Unidos, como carvão, gás natural liquefeito e petróleo bruto, que serão aplicadas a partir de 10 de fevereiro. Embora representem uma retaliação, essas medidas têm escopo limitado em comparação com as tarifas americanas, sugerindo que a China ainda busca uma solução negociada. A decisão ocorre em um contexto de intensificação das tensões comerciais entre as duas maiores economias do mundo, com ambos os países agendando uma conversa para tentar evitar uma guerra comercial mais ampla.
A China, que tem uma relação de interdependência crescente com o comércio global, demonstrou sua disposição de enfrentar as consequências das tarifas impostas pelos EUA, mesmo com uma economia que depende cada vez menos das exportações. No entanto, Pequim pode estar usando essas medidas como uma forma de pressionar os Estados Unidos em negociações, já que a ameaça de tarifas mais altas pode ser uma estratégia para garantir melhores condições nas futuras discussões.
Embora o presidente americano, Donald Trump, tenha enfrentado dificuldades em suas negociações com a China, o presidente Xi Jinping também se encontra em uma posição delicada, tentando equilibrar sua política interna e os desafios externos. As relações comerciais entre os dois países sofreram um revés durante a pandemia de COVID-19, e a China agora busca novas formas de retaliar, além das tarifas, caso a disputa se intensifique. O futuro das negociações dependerá de como os dois líderes se posicionarão nas próximas semanas, com o tempo se esgotando para evitar um conflito comercial mais grave.