O grupo Hamas libertou cinco reféns israelenses no sábado, com um sexto previsto para ser solto mais tarde, como parte da primeira fase do acordo de cessar-fogo. Os libertados incluem três homens capturados em um festival de música e um sequestrado enquanto visitava sua família no sul de Israel, além de dois indivíduos que estavam detidos há quase uma década após entrarem na Faixa de Gaza por conta própria. A entrega ocorreu em cerimônias públicas, onde militantes mascarados exibiram os reféns antes de entregá-los à Cruz Vermelha. Enquanto isso, as famílias comemoraram emocionadas a libertação, embora a tensão permaneça alta devido a disputas anteriores sobre a devolução de corpos de vítimas.
A libertação dos reféns faz parte de um acordo que também prevê a soltura de centenas de prisioneiros palestinos detidos por Israel. No entanto, a negociação da segunda fase do cessar-fogo promete ser ainda mais complexa. Hamas exige uma trégua permanente e a retirada total das forças israelenses de Gaza para libertar os reféns remanescentes, enquanto o governo israelense mantém sua posição de continuar a ofensiva para enfraquecer o grupo e garantir a libertação de todos os sequestrados. Até o momento, estima-se que cerca de 60 reféns permaneçam sob poder do Hamas, metade dos quais ainda estariam vivos.
A guerra, iniciada após os ataques de 7 de outubro de 2023, já causou uma devastação sem precedentes em Gaza, com mais de 48 mil mortos e a destruição de amplas áreas do território. Israel afirma ter eliminado milhares de combatentes do Hamas, enquanto a população civil enfrenta um cenário de deslocamento em massa e dificuldades extremas. Com o cessar-fogo em uma fase crítica, a continuidade do conflito ou a possibilidade de um acordo definitivo ainda são incertas, dependendo das negociações entre as partes envolvidas.