O cessar-fogo entre Israel e Hamas, em vigor desde o dia 19 de janeiro, está em risco devido a diversas tensões e acusações mútuas de violação do acordo. O Hamas suspendeu temporariamente as liberações de reféns palestinos, apontando como razão as violações por parte de Israel, incluindo bombardeios e bloqueios à ajuda humanitária. Em resposta, Israel também acusou o grupo de não cumprir a trégua. Desde o início do cessar-fogo, 92 pessoas morreram e 822 ficaram feridas em Gaza, vítima de ataques israelenses.
O processo de libertação de reféns está em um impasse, com atrasos notáveis, como o ocorrido em 30 de janeiro, que gerou críticas por parte de líderes israelenses. Além disso, o impacto das imagens dos reféns libertados, que mostraram sinais de grande deterioração física, aumentou ainda mais a tensão. As negociações de troca de prisioneiros, que envolvem tanto israelenses quanto palestinos, continuam a ser um ponto crítico nas discussões entre os dois lados.
A declaração de apoio de Donald Trump a Israel, sugerindo a retomada da guerra e a retirada dos palestinos da Faixa de Gaza para construção de uma “Riviera do Oriente Médio”, gerou ainda mais polêmica e complicou a busca por uma solução pacífica. O futuro do cessar-fogo permanece incerto, com uma possível retomada dos combates caso não haja um acordo sobre as condições de libertação dos reféns e prisioneiros.