O cessar-fogo em Gaza está em uma fase delicada, com o Hamas exigindo a transição imediata para a próxima etapa do acordo, enquanto Israel busca prolongar a trégua inicial por mais 42 dias. As negociações, mediadas pelo Egito e envolvendo representantes de Israel, Catar e Estados Unidos, têm como principal foco a troca de reféns. O Hamas advertiu que a insistência de Israel em estender a trégua pode resultar na perda de sua principal moeda de negociação, mas também demonstrou disposição para discutir a melhoria das condições de vida dos civis em Gaza. Israel, por sua vez, deseja que as tratativas se concentrem em uma troca de reféns por prisioneiros palestinos.
O cessar-fogo foi estabelecido após intensas negociações e interrompeu um conflito que se iniciou com o ataque de outubro de 2023. Desde então, a resposta militar israelense resultou em um grande número de mortes em Gaza, com mais de 48 mil vítimas, conforme dados do Ministério da Saúde local. A situação gerou uma crise humanitária significativa, enquanto o Exército israelense admitiu um “fracasso total” em prevenir o ataque de 7 de outubro, o que intensificou as discussões sobre uma solução duradoura para o conflito.
Recentemente, houve uma troca de reféns e prisioneiros, com 643 detentos libertados após o Hamas devolver os corpos de quatro reféns. O Hamas já libertou 25 reféns vivos e devolveu os corpos de outros oito, enquanto Israel se comprometeu a liberar cerca de 1.900 prisioneiros palestinos em troca. A situação continua a ser um ponto de impasse, com a comunidade internacional acompanhando de perto os esforços de mediação para uma solução pacífica.