De acordo com os dados do Censo 2022 divulgados pelo IBGE, as mulheres com graduação completa já são mais numerosas que os homens, refletindo um avanço na educação feminina no Brasil. Entre 2000 e 2022, a porcentagem de brasileiros com ensino superior completo quase triplicou, passando de 6,8% para 18,4%. Em 2022, a média de instrução das mulheres superou a dos homens, com destaque para o aumento de mulheres com nível superior na faixa etária de 25 anos ou mais, onde 20,7% das mulheres e 15,8% dos homens haviam completado a graduação.
Apesar do avanço, persistem diferenças significativas nas áreas de estudo escolhidas por cada gênero. As mulheres dominam áreas como serviço social, enfermagem e formação de professores, com participações expressivas nesses campos. Por outro lado, em áreas como engenharia mecânica e metalurgia, a presença feminina é muito mais baixa, representando apenas 7,4% das graduações concluídas nessas disciplinas. Esse contraste reflete um padrão de escolha profissional que ainda é influenciado por fatores sociais e culturais.
Além disso, o Censo também revelou uma diferença no número médio de anos de estudo entre homens e mulheres. As mulheres, em média, têm 9,8 anos de escolaridade, enquanto os homens têm 9,3 anos, uma disparidade que é mais acentuada nas faixas etárias mais jovens. No entanto, essa diferença diminui entre as faixas etárias mais avançadas, com os homens apresentando uma leve vantagem no grupo de 80 anos ou mais. O estudo aponta que, apesar dos avanços, ainda há desafios no acesso e permanência de diferentes grupos sociais na educação superior.