A proibição do uso de celulares nas escolas, imposta pela Lei 15.100/25 sancionada em janeiro de 2025, gerou grandes expectativas, especialmente diante dos dados que mostram o alto índice de conectividade entre os jovens brasileiros. Com 93% dos adolescentes entre 9 e 17 anos conectados à internet, a medida desafia a interação social digital que eles mantêm em plataformas como WhatsApp, Instagram e TikTok. Especialistas acreditam que, mais do que proibir, seria necessário ensinar os jovens a utilizar a tecnologia de maneira responsável e crítica, considerando seu impacto na sociedade contemporânea e no desenvolvimento dos estudantes.
Embora a restrição do uso dos celulares seja vista como uma resposta ao abuso das telas, o debate sobre como equilibrar o uso saudável da tecnologia continua em alta. Profissionais da educação e da psicologia destacam que, especialmente em crianças e adolescentes, o uso excessivo de dispositivos pode prejudicar habilidades socioemocionais, além de afetar a saúde mental, gerando distúrbios como ansiedade e dificuldades de socialização. A educação digital surge como um recurso essencial para ajudar os jovens a entenderem as consequências de um uso descontrolado da internet e das redes sociais.
A pandemia de Covid-19 acelerou o processo de digitalização nas escolas e nas casas, mas também agravou os problemas relacionados ao uso excessivo das telas. Estudos apontam um aumento significativo de doenças mentais entre crianças e adolescentes, com destaque para a depressão e o transtorno de déficit de atenção, associados ao abuso das tecnologias. Diante desse cenário, especialistas sugerem que a limitação do uso das telas, como a que está sendo implementada por algumas escolas, pode ser uma medida necessária para restabelecer um equilíbrio entre o ambiente virtual e o real, promovendo um desenvolvimento mais saudável para os estudantes.