No Brasil, o Dia de Iemanjá, celebrado em 2 de fevereiro, é uma data importante para as religiões afro-brasileiras como o Candomblé e a Umbanda, além de ser marcada por festas no mar, especialmente em Salvador. A data é dedicada à homenagem a Nossa Senhora dos Navegantes, que é sincretizada com Iemanjá, a divindade africana associada à proteção, fertilidade e ao poder feminino. Durante a celebração, fiéis e simpatizantes realizam rituais, cânticos e oferendas, vestindo-se frequentemente de branco, em uma manifestação de fé e respeito à Rainha do Mar.
Iemanjá também ocupa um papel destacado na cultura popular brasileira, sendo frequentemente retratada em produções audiovisuais como novelas, filmes e músicas. A figura da orixá aparece em enredos que exploram o sincretismo religioso e a presença das tradições afro-brasileiras na sociedade. Em filmes como “Ó Pai, Ó 2” e “Orfeu Negro”, e em novelas como “Porto dos Milagres” e “O Canto da Sereia”, a figura de Iemanjá é celebrada como símbolo de força e beleza, integrando a cultura e a religiosidade no contexto social brasileiro.
Além de seu destaque na mídia, Iemanjá também é amplamente representada nas artes plásticas, com artistas como Carybé ilustrando suas imagens em obras de grande relevância cultural. A música brasileira, por sua vez, conta com diversas canções dedicadas à orixá, de artistas renomados como Clara Nunes, Gilberto Gil e Maria Bethânia. A tradição de celebrar Iemanjá transcende as religiões e se mantém como uma forte expressão cultural e artística no Brasil, perpetuando a importância das raízes afro-brasileiras em diferentes manifestações culturais.