As cegonhas, aves migratórias e monogâmicas, são amplamente reconhecidas por sua associação com a fertilidade e o nascimento. Elas têm aproximadamente 1 metro de altura e pesam cerca de 3 kg, e são encontradas em uma variedade de habitats, desde campos abertos até zonas pantanosas. Apesar de sua falta de siringe, o que as impede de emitir sons vocais, elas produzem ruídos ao bater os bicos, comportamento conhecido como gloterar. Suas dietas incluem pequenos vertebrados, como rãs, peixes e roedores, e as espécies migratórias, como a cegonha-branca, voam longas distâncias utilizando correntes de ar quente.
A lenda da cegonha, que remonta à Escandinávia, associa a ave ao nascimento de bebês, com a história de que as cegonhas eram responsáveis por trazer as crianças às famílias. Essa lenda se espalhou pelo mundo, especialmente através das obras do escritor dinamarquês Hans Christian Andersen, tornando-se um símbolo de fidelidade e de casamento monogâmico devido à sua prática de permanecer com um único parceiro por toda a vida. Além disso, em diversas culturas, a cegonha também está ligada à piedade familiar e ao cuidado com os mais velhos, sendo venerada por sua dedicação tanto aos filhotes quanto aos pais envelhecidos.
Em Portugal, a cegonha se tornou um símbolo regional, especialmente na região centro, e também é associada à fertilidade e à proteção familiar. Na Romênia, acredita-se que uma criança concebida com amor seja trazida por uma cegonha, e o início de abril é considerado o momento de acasalamento das aves, em que elas desaparecem no céu à noite. Em outras partes do mundo, como no Extremo Oriente, a cegonha é considerada um símbolo de imortalidade. A presença dessas aves e suas lendas refletem sua importância cultural e simbólica em diversas sociedades.