As cegonhas são aves migratórias da família Ciconiidae, sendo predominantes na Europa, com exceção da espécie maguari, que é encontrada na América do Sul. Embora o gênero Ciconia tenha sido descrito em 1760 pelo zoólogo Mathurin Jacques Brisson, a história das cegonhas remonta à pré-história, quando eram mais comuns nas Américas tropicais. Essas aves monogâmicas e migratórias têm uma alimentação variada, incluindo pequenos vertebrados como peixes, rãs e insetos, e são conhecidas por sua habilidade de voar longas distâncias utilizando térmicas de ar quente.
Além de sua importância biológica, as cegonhas são símbolos culturais em diversas partes do mundo. Na Escandinávia, a lenda de que elas trazem os bebês é um conto popular que se espalhou pelo mundo no século XIX, principalmente por meio das obras de Hans Christian Andersen. A ave também é associada à fidelidade, ao casamento monogâmico e à proteção familiar, sendo vista como um símbolo de cuidado com os mais velhos e com os filhotes. Em algumas culturas, como a romena, acredita-se que uma criança gerada com amor é trazida pela cegonha.
A presença das cegonhas é notável em várias regiões, com destaque para Portugal, onde elas são consideradas um símbolo regional. Na Europa medieval, acreditava-se que as cegonhas alimentavam seus pais envelhecidos, reforçando a imagem de dedicação familiar. No Extremo Oriente, como na tradição romena, essas aves também são associadas à imortalidade e ao ciclo da natureza, com rituais específicos como a noite das cegonhas, marcada pelo acasalamento dessas aves. As diversas espécies, como a cegonha-branca e a cegonha-bico-de-sapato, apresentam comportamentos interessantes e contribuem para a rica diversidade cultural e natural associada a esses animais.