A queda de um avião em São Paulo, que resultou na morte de dois ocupantes, chamou a atenção para os acidentes aéreos no Brasil, um país que historicamente possui uma aviação considerada segura. Nos primeiros 41 dias de 2025, ocorreram 21 acidentes aeronáuticos, resultando em oito mortes. Esses incidentes envolvem diferentes categorias de aeronaves, desde aviões privados até operações de táxi aéreo e aviação regular. O Brasil registrou o maior número de acidentes em 2024, o que tem gerado preocupação entre especialistas do setor.
A alta do dólar e os custos elevados de manutenção de aeronaves são apontados como fatores que afetam a segurança da aviação no Brasil. A dificuldade de importação de peças e o impacto das altas taxas de combustíveis sobre as operações aéreas privados e comerciais contribuem para o aumento dos acidentes. Além disso, a falta de profissionais qualificados na área, como pilotos e técnicos de manutenção, também é uma questão crucial que compromete a segurança das operações, uma vez que os aviões exigem manutenções regulares e especialistas treinados para garantir o funcionamento adequado.
Em Goiás, um dos maiores polos de manutenção de aeronaves do país, a frota de aeronaves é significativa, mas o estado ainda enfrenta desafios relacionados à capacitação profissional e ao custo elevado dos serviços. A busca por uma gestão mais eficiente e a implementação de práticas de segurança mais rigorosas são essenciais para reduzir os riscos e prevenir acidentes. O Brasil segue em recuperação após a pandemia de Covid-19, o que afeta diretamente o número de aeronaves no país e a capacidade de manter padrões elevados de segurança na aviação.