A seleção feminina de futebol da Espanha está no centro de um julgamento relacionado a um episódio ocorrido após a final da Copa do Mundo de 2023. O ex-presidente da federação, acusado de assédio sexual, teria beijado uma jogadora durante a cerimônia, o que gerou ampla indignação. A jogadora afirmou que não consentiu com o ato, enquanto o ex-dirigente alegou que o beijo foi consensual. O julgamento também envolve outros acusados, incluindo ex-membros da federação, que são processados por suposta coerção para minimizar o incidente.
Montse Tomé, nova técnica da seleção, foi chamada a depor e afirmou que sua decisão de não convocar a jogadora para o primeiro jogo após o ocorrido não teve caráter punitivo, mas sim foi uma medida para protegê-la do foco da mídia. Ela argumentou que, devido à situação excepcional que a equipe estava vivendo, a ausência da jogadora visava preservar seu desempenho esportivo. Tomé destacou que a atenção negativa e a pressão externa poderiam afetar a performance da atleta dentro de campo.
O julgamento segue com as partes envolvidas buscando responsabilidades e punições. Os promotores, a jogadora e a associação de atletas exigem penas de prisão para os réus, alegando danos significativos à vítima e ao ambiente esportivo. O ex-presidente da federação renunciou após a repercussão do caso e foi banido pela FIFA. A situação evidenciou preocupações com o sexismo no esporte e gerou discussões sobre a prevalência de abusos de poder dentro de federações esportivas.