Em janeiro deste ano, um incidente em Morrinhos, Goiás, envolveu um surto psicótico de um paciente internado na UTI. O homem, após quebrar uma janela de vidro, fez uma técnica de enfermagem refém, ameaçando-a com o caco de vidro. A Polícia Militar foi chamada e tentou negociar a liberação da refém. Durante a negociação, a profissional conseguiu se soltar, mas o paciente avançou em direção a ela, momento em que um policial disparou, atingindo o homem, que não resistiu aos ferimentos.
A Polícia Civil concluiu o inquérito e pediu o arquivamento do caso, considerando a ação do policial como legítima defesa da vítima, a enfermeira. O delegado afirmou que, apesar da tentativa de socorro ao paciente, a intervenção foi necessária para evitar uma agressão. O Ministério Público de Goiás agora avalia o caso e tem até 15 dias para decidir sobre a denúncia.
O incidente gerou comoção na cidade e revolta por parte da família do paciente, que questionou a abordagem da polícia e do hospital. Eles alegaram que o tratamento foi desproporcional e criticaram a conduta dos profissionais envolvidos. A situação levantou um debate sobre o manejo de surtos psicóticos em unidades de terapia intensiva e as respostas das equipes de saúde e segurança.