A família de Shiri Bibas confirmou, no sábado (22), a entrega ao governo de Israel do corpo de sua filha, que estava entre os reféns sequestrados pelo Hamas durante o ataque a Israel em outubro de 2023. O corpo de Shiri, junto com o de seus filhos, Ariel e Kfir, foi inicialmente retido, e a situação gerou grande tensão. Autoridades israelenses informaram que o corpo apresentado como de Shiri não correspondia ao de um refém, e denunciaram o assassinato das crianças. O Hamas admitiu um possível erro e o Comitê Internacional da Cruz Vermelha foi responsável pelo traslado de novos restos humanos, sem esclarecer a quem pertenciam.
Após o processo de identificação, a família Bibas confirmou que Shiri e seus filhos foram mortos em cativeiro. A família, em comunicado, pediu que as circunstâncias da morte não fossem detalhadas além do fato de que os reféns foram assassinados pelos sequestradores. Não se receberam informações oficiais sobre os eventos exatos que levaram à morte dos reféns, criando uma atmosfera de incerteza e tensão. A morte dos três reféns gerou repercussão internacional, e a família revelou a dor de fechar um longo período de incertezas e sofrimento.
O caso aumentou a tensão em torno do acordo de trégua em Gaza, que segue em vigor desde janeiro, com a troca contínua de reféns por prisioneiros palestinos. As autoridades israelenses acusaram o Hamas de cometer um ato cruel ao assassinar as crianças e afirmaram que o movimento islamista será responsabilizado pelas mortes. Embora o Hamas tenha reconhecido a possibilidade de erro no processo de entrega dos corpos, insistiu que não há interesse em reter cadáveres de reféns, mantendo sua posição em relação à trégua em andamento.