O caso de uma engenheira desaparecida desde 2008, que teve um julgamento marcado para esta terça-feira (11), foi adiado novamente devido à ausência de uma testemunha crucial. O Ministério Público pediu que o depoimento de um taxista, que afirma ter visto a vítima sendo retirada com vida do veículo por policiais, fosse ouvido, mas a Justiça negou essa solicitação. A decisão sobre a inclusão da testemunha no processo será tomada pela 8ª Câmara Criminal, após o recurso do MP. O caso envolve acusações contra policiais militares e foi marcado por diversos impasses legais e mudanças de julgamentos.
Patrícia Amieiro, que desapareceu em 2008, foi vista em um carro com marcas de tiros e, apesar de diversas investigações, seu corpo nunca foi encontrado. Inicialmente, quatro policiais foram denunciados, com dois deles sendo condenados por fraude processual, mas o novo julgamento foi marcado após o surgimento de novas evidências, incluindo o depoimento do taxista. A controvérsia sobre a exclusão dessa testemunha-chave do novo júri gerou discussões jurídicas, com especialistas divididos sobre a legalidade da decisão.
Além disso, o processo tem enfrentado outros problemas, como o desaparecimento de documentos relacionados à testemunha, que foram perdidos pelo Cartório do Tribunal do Júri. O Ministério Público afirmou que está apurando as responsabilidades sobre o ocorrido e cobrando providências. A situação destaca os desafios legais enfrentados pelo caso, que ainda não tem uma definição clara, deixando a família da vítima aguardando por justiça há mais de 16 anos.