A Associated Press (AP) informou que um de seus repórteres foi impedido de participar de um evento no Salão Oval, na Casa Branca, após o governo dos Estados Unidos exigir que a agência usasse o termo “golfo da América” em vez de “golfo do México”. A medida faz parte de uma decisão do presidente norte-americano, que, ao assumir o cargo, determinou a renomeação de locais e monumentos, incluindo o golfo do México. A AP, por sua vez, decidiu manter a terminologia tradicional, justificando que ela é amplamente reconhecida por públicos globais.
Em resposta, a AP afirmou que a ação do governo viola a Primeira Emenda da Constituição dos Estados Unidos, que garante a liberdade de expressão e de imprensa. A editora-executiva da agência, Julie Pace, criticou a ação do governo, considerando-a uma tentativa de penalizar o jornalismo independente. A medida também foi repudiada pela Associação de Correspondentes da Casa Branca (WHCA), que classificou a atitude da administração como inaceitável, defendendo o direito das organizações de notícias de reportar livremente.
Além disso, o Google anunciou recentemente que começaria a exibir o nome “golfo da América” em seus mapas para a maioria dos usuários, exceto para os do México, onde o nome original será mantido. A mudança ocorre no contexto de disputas sobre nomenclaturas geográficas, e a empresa justificou a decisão com base em convenções semelhantes adotadas em outros casos de disputas sobre nomes de locais.