Na terça-feira (11), o Carrefour Brasil (CRFB3) anunciou, por meio de fato relevante, uma possível deslistagem de suas ações da B3, após proposta feita pela controladora Carrefour França. A operação envolverá a incorporação das ações do Carrefour Brasil em uma subsidiária brasileira, com três opções de saída para os acionistas: pagamento em dinheiro, mistura de dinheiro e ações do Carrefour França, ou pagamento total em ações da controladora francesa. A negociação deve ser concluída até o segundo trimestre de 2025, e os analistas da XP acreditam que o preço-alvo para a ação será de R$ 7,70, representando um potencial de valorização de 8,45% em relação ao fechamento anterior.
A proposta de deslistagem foi recebida de forma diferente entre os analistas. Enquanto a XP vê um efeito positivo no valuation do Carrefour Brasil e recomenda a compra de ações de concorrentes como Grupo Mateus e Assaí, o Bradesco BBI considera que a operação não deve gerar grandes mudanças para o mercado competitivo. O Itaú BBA também acompanha de perto os próximos passos, como a convocação de uma assembleia geral extraordinária (AGE) para que os acionistas minoritários aprovem a transação.
De acordo com a Genial Investimentos, o contexto macroeconômico brasileiro e a reestruturação na Península Participações, que administra o patrimônio da família Diniz, podem ter sido fatores-chave para o estudo da Oferta Pública de Aquisição (OPA). O falecimento de Abílio Diniz, que geria a Península, e a possível pressão por um desinvestimento da gestora poderiam impactar o valuation da empresa. A recomendação para os investidores que possuem ações do Carrefour Brasil é aguardar a formalização da OPA e, se confirmada a deslistagem, optar pelo pagamento em dinheiro de R$ 7,70 por ação.