O pesquisador brasileiro Carlos Monteiro, de 76 anos, foi reconhecido como uma das 50 pessoas mais influentes de 2025 pelo jornal americano The Washington Post. Monteiro é um dos principais especialistas no estudo de alimentos ultraprocessados, conceito que ele mesmo criou, e é uma referência internacional no tema. Sua pesquisa e contribuição para a área da saúde têm sido amplamente citadas em artigos científicos ao redor do mundo, especialmente no que diz respeito ao impacto dos alimentos ultraprocessados na saúde pública.
Monteiro, que é professor na Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (USP), foi coautor de um estudo publicado no British Medical Journal (BMJ) que relacionou o consumo de ultraprocessados ao aumento do risco de 32 doenças, incluindo problemas cardiovasculares, câncer e transtornos mentais. O cientista defende que políticas alimentares mais restritivas e uma maior regulação da publicidade de alimentos processados são necessárias para combater os danos causados por esses produtos à saúde.
O jornal The Washington Post destacou a importância de Monteiro no desenvolvimento de um sistema de classificação de alimentos que avalia o grau de processamento e que hoje é utilizado mundialmente. Ele é um defensor da implementação de diretrizes dietéticas rigorosas e da cobrança de impostos sobre alimentos nocivos, como forma de proteger a saúde pública e reduzir o impacto de doenças relacionadas à alimentação.