Carlos Miranda, conhecido por interpretar o emblemático Vigilante Rodoviário na década de 1960, faleceu na segunda-feira (17), aos 91 anos, em São Paulo, por causas naturais. O ator, que se destacou em uma das primeiras séries da televisão brasileira, dedicou grande parte de sua vida à imagem do policial rodoviário. A série foi um marco na TV, exibida inicialmente pela extinta TV Tupi e reprisada nos anos 1970, e acompanhava o trabalho de um policial rodoviário e seu fiel cachorro, Lobo, nas estradas.
Após o fim da série, Carlos Miranda decidiu seguir a carreira de policial, ingressando na Polícia Rodoviária de São Paulo, onde se tornou tenente-coronel. Ele se aposentou nos anos 1990, mas sempre manteve forte vínculo com a corporação, participando de eventos e encontros com a comunidade policial. Para ele, a decisão de seguir a carreira de policial foi uma realização pessoal, especialmente ao ser reconhecido e homenageado pelos colegas e pelo público de sua época.
O legado de Carlos Miranda transcendeu a atuação na televisão, tornando-o uma figura admirada dentro da Polícia Rodoviária. Mesmo após a aposentadoria, ele continuou ativo em eventos e sempre foi uma inspiração para as novas gerações de policiais. Seu corpo foi velado na Assembleia Legislativa de São Paulo e sepultado no mausoléu da Polícia Militar, em reconhecimento à sua contribuição tanto para a cultura televisiva quanto para a corporação.