Na quarta-feira, 19 de fevereiro, ocorreu um incidente incomum na primeira etapa da Volta ao Algarve, resultando na anulação da prova. Durante o percurso de 192,2 km, a maioria dos ciclistas seguiu por um caminho incorreto próximo à linha de chegada, após confusão com as orientações. O grupo da frente, seguindo as câmeras montadas em motocicletas, fez um desvio da rota oficial e cruzou a linha de chegada pelo lado errado da estrada. A situação gerou grande desconforto, com alguns ciclistas tentando corrigir o erro, mas sem sucesso.
Após o ocorrido, os organizadores decidiram cancelar a etapa, alegando que o erro cometido pelos ciclistas comprometeu a “verdade esportiva” da prova. O diretor da Volta ao Algarve, Sérgio Sousa, explicou que as orientações para a última rotatória estavam claras, mas que o pelotão tomou a decisão errada de seguir pela pista paralela. A falta de bloqueio adequado no desvio durante o último quilômetro contribuiu para a confusão. Alguns ciclistas, como o italiano Filippo Ganna, chegaram a comemorar a chegada, mas logo se perceberam do erro coletivo.
A situação gerou frustração entre os competidores, que lamentaram o fato de todo o esforço de mais de 190 km ter sido em vão devido ao erro de percurso. A reação de Haller, um dos ciclistas, destacou a insatisfação com a organização e a responsabilidade que os oficiais e organizadores deveriam assumir. Para ele, a falha comprometeu o desempenho dos atletas e a integridade da competição, refletindo um problema que exigiria responsabilidade e mudanças nos procedimentos para evitar repetição de tais erros.