O Candomblé e a Umbanda são religiões brasileiras com raízes africanas, mas com características e práticas distintas. O Candomblé preserva elementos tradicionais das religiões africanas, como os rituais iorubá, fon e bantu, com uma estrutura mais rígida e rituais específicos para a adoração dos orixás, que atuam como intermediários entre o Deus Supremo, Olodumaré, e os seres humanos. Em contraste, a Umbanda é uma religião sincrética que mistura aspectos do catolicismo, espiritismo e crenças indígenas, com cultos mais flexíveis, onde entidades como caboclos e pretos-velhos também se manifestam.
Ambas as religiões veneram os orixás, figuras mitológicas que governam aspectos naturais e espirituais, mas cada uma tem sua própria forma de cultuar esses deuses. No Candomblé, os orixás são adorados em terreiros por meio de danças, cânticos e oferendas específicas. Já na Umbanda, embora os orixás também sejam cultuados, as práticas são mais variadas e menos estruturadas. As datas de celebração dessas religiões, como o Dia Nacional da Umbanda (15 de novembro) e o Dia Nacional das Tradições Africanas e Nações do Candomblé (21 de março), representam o reconhecimento de sua importância cultural e religiosa no Brasil.
A mitologia iorubá e as simbologias dos orixás são centrais em ambas as religiões, e cada um desses deuses tem elementos, símbolos e oferendas específicas, como Oxalá, Iemanjá, Xangô, e Ogum, cada um regendo aspectos como a justiça, o amor, a guerra e a terra. O Candomblé mantém o uso de cantos em línguas africanas, enquanto a Umbanda canta pontos em português e utiliza instrumentos mais simples. Ambas as tradições mantêm forte vínculo com a espiritualidade e a cultura afro-brasileira.