Luisa González, candidata de esquerda à presidência do Equador, se manifestou a favor da ajuda do Fundo Monetário Internacional (FMI), desde que essa assistência não prejudique a economia do país, que já enfrenta dificuldades financeiras. Em uma entrevista recente, ela afirmou que o apoio financeiro seria bem-vindo se não resultasse em cortes de subsídios ou aumento de impostos, refletindo uma preocupação com a situação econômica das famílias equatorianas. Sua postura parece ser uma tentativa de equilibrar as exigências internacionais com a necessidade de proteger os cidadãos, em um contexto de histórico de relações tensas entre o governo do Equador e o FMI.
A possível vitória de González nas eleições preocupa credores internacionais, uma vez que ela poderia revisar ou até abandonar o acordo de crédito de US$ 4 bilhões com o FMI, firmado pelo governo atual. Em 2008, o ex-presidente Rafael Correa, aliado político de González, já havia suspendido o pagamento de uma parte significativa da dívida externa do país, ação que gerou impactos duradouros na credibilidade financeira do Equador, resultando em elevados custos para obter crédito no mercado internacional.
Além de questões econômicas, González também abordou a política externa, destacando a intenção de restabelecer as relações com o México após o incidente envolvendo a invasão da embaixada equatoriana em Quito. A candidata criticou a postura do atual presidente, que se envolveu em disputas com outros países, e prometeu focar em melhorar as relações internacionais do Equador, buscando reconciliação e estabilidade. Ao enfrentar desafios internos e externos, a candidata vislumbra uma abordagem diplomática mais conciliatória e pragmática para o futuro do país.