A campanha em favor da proteção legal para os peixes que limpam parasitas nos recifes escoceses ganha força, já que não há uma avaliação adequada sobre o impacto da remoção desses animais do ecossistema local. Essa iniciativa foi impulsionada por um encontro com um pescador que vendia esses peixes para fazendas de salmão da Escócia. A cada ano, mais de 60 milhões de peixes limpadores são usados mundialmente em fazendas de salmão para remover parasitas de outros peixes, mas seu habitat natural são os recifes, onde desempenham um papel crucial.
Nos recifes, os peixes limpadores têm clientes que visitam para se livrar de parasitas, muitas vezes espécies maiores, como tubarões e raias. Durante esse processo, os peixes limpadores não apenas realizam a limpeza, mas também tocam suavemente seus clientes com as nadadeiras, garantindo que se sintam confortáveis. Essa interação é fundamental para a manutenção da saúde dos outros peixes e para o equilíbrio do ecossistema marinho.
Apesar da importância ecológica dos peixes limpadores, a falta de uma regulamentação que proteja suas populações e habitats pode prejudicar não só esses animais, mas também as espécies que dependem deles para a remoção de parasitas. A campanha visa alertar para a necessidade de preservar esses peixes e garantir a sustentabilidade do ambiente marinho, especialmente os recifes escoceses, que estão sendo cada vez mais afetados pela exploração comercial dessas espécies.