Na sexta-feira, 19 de fevereiro, a Câmara dos Deputados foi palco de intensos conflitos verbais entre parlamentares da oposição e da base governista, motivados pela denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra um ex-presidente. A situação se agravou quando os deputados começaram a gritar e interromper os discursos uns dos outros, obrigando o presidente da Câmara, Hugo Motta, a intervir. Motta proibiu a entrada de faixas e cartazes no plenário e ameaçou processar aqueles que ofendessem colegas ou atrapalhassem o andamento das discussões.
O tumulto teve início quando um deputado da oposição fez ataques à denúncia, enquanto o líder de outro partido governista respondeu com defesas contundentes. A troca de insultos, que durou mais de 20 minutos, incluiu gritos de protesto como “ladrão” e “prisão”. Durante esse tempo, alguns parlamentares riam ou expressavam desaprovação em relação ao comportamento dos colegas. A sessão foi temporariamente suspensa e, ao retornar, Motta tomou o controle da situação, reafirmando sua postura rígida em relação à disciplina no plenário.
A denúncia da PGR, que envolve acusações de crimes graves contra o ex-presidente, como tentativa de golpe e crimes contra o patrimônio público, gerou ainda mais tensões políticas. Ela também inclui outras investigações envolvendo diversos indivíduos, ampliando o alcance das controvérsias. A situação refletiu um clima de polarização e instabilidade no Legislativo, com os parlamentares divididos em uma guerra de gritos que prejudicou o andamento das atividades da Casa.